Deveria ser de conhecimento de todos os usuários de serviços “gratuitos” da Internet que o “preço” que pagam – mesmo sem saber – pode ser alto.
É difícil encontrar quem, efetivamente, tenha lido a Política de Privacidade, ou condições de uso dos serviços nos quais se cadastra e, mesmo que o fizesse, partes importantes dele se encontram em inglês, exatamente aquelas “mais sensíveis”, que tratam dos dados de caráter pessoal e as relativas ao tratamento e uso que estão sujeitas, somente, à legislação norte-americana.
Com o lançamento do navegador do Google – Chrome – o “cerco” foi fechado, no que se refere à coleta de dados dos usuários, conforme artigo do EL PAIS, de 14/10/08: “Adeus a privacidade na rede”:
“Não importa se o usuário esta abrindo um canto no Blogger, enviando um vídeo para o You Tube, usando um editor de textos no Google Docs, armazenando seu histórico médico no Google Heart ou instalando o Chrome, todos acabam no porto californiano que é esse centro de privacidade que só reconhece a jurisdição do Mountain View, EUA, e onde não se sabe muito bem o que se faz com os dados.”
Como vê, nada é gratuito, como falamos acima e, o pior, é que não temos idéia do custo real que pagamos para usufruir dessa gratuidade toda.
“O negócio dos dados é muito mais rentável do que um usuário pouco informado possa imaginar. Um dado isolado não vale nada; os dados que um usuário gera ao usar todos esses serviços não tem preço. Seu cruzamento permite saber o que ele busca, quando e de onde se conecta, com quem fala e sobre o que, onde passará as férias ou se assassinar sue cônjuge, como no caso de Melanie McGuire, descoberta e condenada prisão perpétua por ter cometido o deslize de procurar no Google 'veneno indetectável' “.
Conforme informações do texto, entre outras coisas que podem ser feitas para se proteger – que falaremos em outro artigo –, minimizar o uso do numero de serviços, do Google, por exemplo, já corta, um pouco, o “barato”, dos ladrões de privacidade. Outra atitude que pode ser tomada é não usar o Google Toolbar ou a Barra do Google, pois, por mais funcionalidade que lhe ofereça é, agora, ao lado do navegador Chrome, o pior inimigo que pode manter no seu computador. Se já o utiliza, delete-o imediatamente.
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